Poucos dias depois da comemoração do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974, o Centro Cultural de Belém (CCB) apresenta no dia 28 de Abril o Requiem pelas vítimas do Fascismo em Portugal, Op. 210, do compositor português Fernando Lopes-Graça. A obra, que faz parte do repertório coral sinfónico do autor, será interpretada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa e pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos, sob a direção do maestro Antonio Pirolli.
O elenco conta com a participação da soprano Bárbara Barradas e da meio-soprano Cátia Moreso, artistas que já foram entrevistadas pela ProART, além do tenor Carlos Cardoso e dos barítonos Luís Cansino e Oliver Zwarg. O concerto contará ainda com a presença de antigos presos políticos na plateia e será transmitido pela RTP.
A temática antifascista está presente em inúmeras obras de Fernando Lopes-Graça, mas esta obra em particular está diretamente ligada às vítimas do regime fascista, algumas das quais eram amigas do músico. Estreada mundialmente em 27 de julho de 1981 na Aula Magna da Universidade Clássica de Lisboa, esta produção foi fruto de uma encomenda da Secretaria de Estado da Cultura e a sua primeira execução teve a direção do maestro Bystryk Rezucha.
No ano em que celebramos os 50 anos da revolução do 25 de Abril, Sérgio Azevedo, compositor e aluno de Lopes-Graça que assina as notas ao programa do concerto, numa conversa pré-concerto, falará em maior detalhe sobre esta obra impactante da nossa história.
Fernando Lopes-Graça é considerado um dos maiores compositores portugueses do século XX, mas a sua obra ainda não é suficientemente conhecida pelas gerações mais novas. Com algumas excepções, o compositor tem permanecido relativamente esquecido, o que dá uma importância especial a este concerto.
O espetáculo integra a programação das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. Consulte toda a programação AQUI.
Os bilhetes estão disponíveis no CCB e no ponto de venda Ticketline.
Leia as entrevistas ProART à soprano Bárbara Barradas e à meia-soprano Cátia Moreso.
Imagem de Firminiano Cansado Gonçalves no Depósito de Presos de Peniche (Fortaleza de Peniche) em 1935.